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Os Gonzagas sobe ao palco do Campus Festival 2019 com show autoral

Mistura de ritmos com o forró pé-de-serra é característica marcante do grupo paraibano.

Banda Os Gonzagas (2019) — Foto: Thayse Gomes/Divulgação

Arrastando o pé no forró raiz desde 2012, o grupo Os Gonzagas é uma das atrações do Campus Festival 2019. Os shows acontecem neste sábado (5) e a banda paraibana é a primeira a subir ao palco, com apresentação marcada para 17h30. Os meninos, regidos pela voz de Maria Kamila, prometem um show autoral para empolgar quem já conhece e trazer para mais perto quem ainda não ouviu as canções próprias da banda.

O show acontece no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, a partir das 22h. Os portões do local abrem às 17h e o primeiro show da noite, da banda Os Gonzagas, vai ser às 17h30. Lagum é a segunda atração da noite e antes do Skank, se apresenta Iza.


Os ingressos são vendidos pelo site Sympla e estão no terceiro lote. Na pista, os valores são R$ 65 (meia), R$ 65 mais um quilo de alimento (social) e R$ 130 (inteira). No frontstage, os valore são R$ 95 (meia), R$ 95 mais um quilo de alimento (social) e R$ 190 (inteira).


Prontos para se apresentarem para um público misto, o grupo formado por Yuri Gonzaga, Zé Neto, Maria Kamila, Jefferson Brito, Leandro Santos, Caio Bruno, Hugo Leonardo e Carlos Henrique, traz para o Campus Festival um forró que mistura o tradicional do arrasta pé com a linguagem moderna.


“Uma coisa interessante de observar na música que a gente faz é que tem o respeito pela questão tradicional, pelo forró, e a preservação da questão rítmica, mas não tem como não colocar as influências que a gente têm”, revela Kamila.

As letras do grupo de forró pé-de-serra representam um xote saudoso, que vez em quando volta às raízes do tradicional do tradicional arrasta pé para, em outro momentos, incluir as batidas tranquilas do reggae, do rock e do pop. As letras falam da vivência do grupo, da contemporaneidade e do que é moderno, a exemplo da tecnologia.


Esse detalhe, explicado por Maria Kamila, fica muito claro na música “Touchcreen”, composto por Zé Neto, e que faz parte do disco “Onde Estará?”, lançado em março de 2018 pela banda. A música fala sobre amor, mas com várias inserções da tecnologia. “Destrava a minha senha de entrada, navega a minha alma LCD, remonta a interface da minha sala e salva os meus dados em você”, diz a primeira estrofe da canção.


Essas questões que estão intimamente ligadas à forma como Os Gonzagas se comunica com o público e com a própria linguagem da vida que levam, é o ponto principal dessa conexão com o público. É o fio condutor capaz de resgatar o forró pé-de-serra em um momento em que novos ritmos ganham cada vez mais seus espaços - também merecidos.


“Toda mix que a gente faz, do forró tradicional, ele vai rodeado de todos os elementos, guitarra bem rock’n roll, a sanfona de Yuri que já é uma linha própria dele, que já tocou muitos ritmos brasileiros. A gente sabe misturar o xote com o reggae, por exemplo. A célula rítmica é forró pé-de-serra, mas na música são inúmeros elementos, tudo vai se mesclando porque a globalização faz isso, a gente tem acesso a tudo”, explica Zé Neto, lembrando do eterno Luiz Gonzaga, que também era rei em misturar a guitarra com o fole da sanfona.

A banda, que já passou por algumas reformulações, mas já está há dois anos com Maria Kamila e Zé Neto dividindo os vocais, deve lançar em breve um novo single. “No passo que a vida me leva”, segundo Yuri Gonzaga, tem a participação de Chico César.


04/10/2019

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